sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Realidade Simulada E Provas Para A Existência De Deus

Essa semana eu tava lendo um capitulo do livro sobre universos paralelos do Brian Greene, capitulo o qual ele falava sobre a possibilidade de rodar realidades simuladas em pcs, coisa bem completa, com simulações perfeitas do cerebro de cada ser humano na Terra, tudo msm, praticamente Matrix, com a diferença que não havariam corpos fora da maquina.
No livro mesmo surgiu a questão de que a gente pode estar num programa de simulação de tal tipo, mas essa não é a questão, é só uma coisa interessante.

Mas o mais interessante de tudo é o seguinte...
Se a gente estiver em uma simulação, como a gente ia poder saber que está mesmo nela?
Tudo oq governa o universo ia estar la e tudo mais, a gente podia descobrir uma teoria que explicasse o universo por completo, e ia pensar que não precisava de algo a mais para o nosso universo.
Mas ia estar se enganando, não creio que conseguiriamos perceber que estamos apenas "rodando" ali na maquina.

Enfim, tirem toda a parte de ficção de sermos um programa de computador e imagem algo do tipo para a nossa realidade, onde deus está apenas rodando a gente.
Quer dizer, mesmo sem nunca termos prova alguma de algum deus, ele ainda pode estar la, e ser unipotente, presente, ciente e tudo mais.

sábado, 8 de outubro de 2011

Universos paralelos, novamente

Bom, já falei que paralelos não é a palavra ideal, mas tudo bem, é como o assunto é mais conhecido, vou usar paralelos mesmo.

Esses dias eu estava lendo o novo livro do Brian Greene, The Hidden Reality, que trata de toda essa questão de universos paralelos. Bom tem muita especulação, muito achismo, mas a cada paragrafo eu tinha um arrepio, não tenho um adjetivo pra qualificar como as coisas seriam se o que ele afirma realmente for daquele jeito.

O livro é muito bom e tudo mais, recomendo a todos, mas não é dele que quero tratar nesse post. A questão a ser tratada é uma das ideias que ele apresenta.

O universo mesmo com seu incontável número de partículas tem um número certo de estados que pode se encontrar, entenda por estado do universo a junção de estados de cada partícula, o estado a qual me refiro não é aquele gasoso, liquido ou solido, e sim o estado quântico.
O número de estados é um pouco grande, 10^10^122, não são 122 zeros, mas sim 10^122 zeros, o número é grande, mas é um número finito de estados possíveis. O universo que estamos esta dentro de uma dessas possibilidades, e daqui da Terra conseguimos observar apenas uma parcela de todo o universo, existe um horizonte, o qual é o nosso limite de observação, tal como o horizonte que enxergamos quando olhamos para o mar.

O interessante de tudo isso é que se o universo for suficientemente grande, em algum momento ele deve começar a repetir esses estados, e quem sabe repita o estado em que nos encontramos agora.

Imagine uma copia exata de você, a qual não faz ideia que você existe, nunca teve contato com você, mas que está fazendo exatamente a mesma coisa que você esta fazendo agora. Será que isso é realmente possível? Bom basta que o universo seja suficientemente grande para começar a repetir os estados possíveis.

Existe outra consequência muito interessante disso, essa suposição não acaba com o nosso poder de fazer o que queremos? Isso não implica que o universo teve todo seu percurso escrito desdo momento em que surgiu?

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Cartilha de Partículas do Modelo Padrão

Eu já tinha aqui há algum tempo uma cartilha bem direta e simples falando sobre partículas do modelo padrão, aquelas encontradas, igual areia na praia, nos aceleradores. Tirei um tempinho pra traduzi-la. Tem algumas coisas que ficaram bem desconfortáveis pra mim ainda, como, por exemplo, carga de cor, ou carregada de cor, que acabei usando bastante, fiquei meio temeroso de escrever simplesmente cor, ou coloridas. Teve ainda o desenho do átomo que fico um pouquinho borrado, photoshop skills = 0.
O nome dos quarks é assim mesmo, não foi esquecimento ou preguiça não xD
As informações sobre quem realmente fez a cartilha estão nela mesmo, mas quem quiser pode ir direto no site do CPEP
Mas enfim, acho que ajuda um pouquinho pra quem tropeça no inglês, qualquer coisa ou erro encontrado é só avisar.

É só clicar aqui para abrir uma imagem redimensionada maior :D

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Sobre a chuva vermelha.

Nunca dei muita atenção pra esses blogs pela internet que falam sobre coisas extraordinárias, OVNIs ou teorias da conspiração por exemplo. Mas ontem acabei dando certa atenção a uma tal de chuva vermelha, ou chuva de sangue pra alguns, no começo eu queria ver até onde ia a imaginação de quem escrevia sobre ela, mas dai encontrei artigos sérios, publicados em revistas cientificas.

O problema na internet é que as pessoas deixam a imaginação rolar, e esquecem que estão apenas imaginando, querem que aquilo seja verdade. Realmente existiu o caso da chuva vermelha na Índia, mas nem de longe choveu sangue, em um dos artigos o escritor sugere que as partículas vermelhas encontradas na chuva vieram de um meteoro que se desintegrou na atmosfera terrestre, ele diz ainda que antes das chuvas vermelhas começarem pessoas relataram ouvir um estrondo que coincide com o de um meteoro (25 de julho de 2001, no distrito de Kottayam, Índia) se desintegrando na atmosfera, e então nas horas seguintes choveu vermelho. É apenas uma suposição do escritor do artigo, não há provas consistentes que esse seja realmente o caso, mas outras explicações ainda não foram dadas.

Algumas coisas sobre o caso ainda são um grande mistério. O maior de todos é que apesar da aparência biológica das partículas elas não possuem DNA, algo que vai contra todos os outros seres vivos da Terra, mas vejam bem, outro dia a NASA anunciou aquela bactéria que contem arsênico na sua composição, quer dizer, a vida como a conhecemos pelo visto não precisa seguir as mesmas regras que sempre consideramos sagradas.

Ainda sobre a questão da ausência de DNA em outro artigo, que foi estudada a reprodução da célula, os pesquisadores constataram alguns pontos que parecem ser o núcleo da célula, e é no núcleo que fica o DNA. O fato é que esses pontos só apareceram á temperaturas de 121°C e nos momentos iniciais da reprodução da célula, nos estágios mais avançados ele não era mais presente.

Foi observado também que durante chuvas vermelhas, em alguns locais chovia a tal célula vermelha, enquanto que durante a mesma chuva apenas alguns metros distante de onde chovia vermelho só havia chuva normal.

As células são muito estáveis, depois de quatro anos armazenadas em um ambiente sem controle de temperatura não foi constatada nenhum decaimento ou descoloramento das células.
Analises constataram que as células eram compostas de 43.03% carbono, 4.43% hidrogênio e 1.84% nitrogênio. Isso era tudo que tinha no artigo, nada sobre os 50% que faltam.

Muito mistério e tudo mais, mas acredito que exista sempre uma explicação que não precise apelar para o extraordinário, existem na Terra bactérias que ser reproduzem a temperatura de mais de 100°C, outras que vivem a quilômetros de profundidade no solo rochoso da Terra, há ainda as que foram encontradas em poças de enxofre, além das que já citei anteriormente que possuem arsênico em sua composição, além de muitas outras que poucos anos atrás contrariariam toda a ciência.

Eu tenho uma proposta diferente, apesar de em um dos artigos o autor descartar que as células tenham alguma ligação com algas, o local onde ocorreram as chuvas é uma costa (figura 4), algum tipo de planta ainda desconhecido pode ter vindo à tona após uma tempestade e ainda pela mesma tempestade ter sido levada para o continente. Se existem tempestades que carregam sapos, não seria nada demais levar algumas dessas células para o continente.

Eu acho bem extraordinária a ideia de criação de vida no espaço, ou então de que tal vida tenha de alguma maneira (colisão com meteoros, por exemplo) tenha saído de algum planeta para vagar por milhares de anos no espaço. Seria muito mais simples a vida ter se criado aqui na Terra mesmo, assim como ela também pode surgir em outros planetas. Imaginem as dificuldades envolvidas na criação da vida em outro lugar do universo para depois chegar aqui. Mas é sempre uma ideia a se pensar, afinal talvez vidas extraterrestres podem ter se visto incapazes de colonizar outros planetas, mas talvez desviando a rota de um meteoro em sua galáxia, e nele depositando o necessário para uma “colonização” de outros planetas...


Aqui você encontrará o artigo sobre as chuvas vermelhas, onde o escritor propõe ter sido causada por um meteoro.

E aqui o artigo sobre a reprodução das células vermelhas.

Algumas imagens retiradas dos artigos:




Figura 1: Célula exposta a uma temperatura de 121ºC após uma hora, já se pode notar as células "filhas" indicado por D, e observem tambem o ponto que parece ser o núcleo, indicado por N.


Figura 2: Célula ampliada, onde não se vê o núcleo.


Figura 3: Células encontradas na chuva vermelha, e amostra.



Figura 4: Local onde ocorreram as chuvas vermelhas, dentro da elipse.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Sobre a beleza das teorias.

Semana passada eu vi como das equações de Maxwell pode se chegar numa equação de onda, sinceramente é incrível como a matemática se encaixa de uma forma tão perfeita para descrever um ato da natureza, isso chega a ser um pouco perturbador, afinal não vejo razões para acreditar que a natureza seja “ordenada”. Pensando bem, acho que dentro de inúmeras possibilidades de existirem universos caóticos sem ordem alguma, existem sim algumas possibilidades de surgir um universo com ordem. Criação de universos é outro assunto, vamos apenas presumir que vivemos em um universo no qual a natureza atua por meios que nós podemos interpretar utilizando a matemática.

Sempre li em livros mais atuais grandes físicos falando sobre a beleza das equações e como tão bela deveria ser a equação que venha a unificar todos os fenômenos da natureza. Até ontem eu apenas acreditava no que eles diziam, então eu vi o que acontece com as ditas equações de Maxwell para deixa-las na forma covariante, se para mim o que aconteceu antes para chegar a equação de onda foi incrível, dessa vez eu fiquei em êxtase.

Espero ansiosamente o dia em que irei mais a fundo na física, conhecer todas as ideias de simetria utilizadas, as equações utilizadas nos grandes aceleradores, e principalmente as teorias que são candidatas a tomar a posição de “teoria do tudo”.

Mas nem tudo são flores, outro dia eu esteva discutindo sobre a astrologia, e cheguei a conclusão de que encontramos aquilo que queremos, nem que seja um pequeno vestígio, a menor ligação que exista já satisfaz muita gente que pensa “estavam certos mesmo” só pra saciar o ego. Eu acho que não consigo chegar numa conclusão, é difícil pra eu falar, disso eu tenho certeza, sempre defendo o que eu prefiro acreditar, mas no fundo as ideias opostas as que eu defendo sempre estão lá falando “poderia ser assim”.

O que me incomoda na ciência é que eu sempre penso que nós adaptamos a nossa ferramenta para descrever a natureza. Por exemplo, Einstein se viu em apuros tentando explicar suas teorias com a geometria plana, ele teve que partir para a curva. Isso tudo pode ser apenas a descoberta de meios para interpretar a natureza, uma evolução dos nossos métodos. Mas acaba meio que tirando a naturalidade da ciência, uma analogia a essa minha ideia seria o Firefox cheio de plug-ins.

A ciência seria muito mais bela se não fosse por essas adaptações, a matemática por si sempre existiu, o problema pra mim é quando ela toma um caminho mais abstrato, veja no caso quando se trata do infinito, realmente existem infinitos números, mas será que no universo exista algo com uma grandeza infinita? Essa não é uma resposta fácil, mas não é dessa resposta que tratei aqui, mas sim que podemos manejar a matemática da forma que bem entendemos para que possamos fazer as “ligações” necessárias.

A questão é que a física sem a matemática não seria uma ciência, e a matemática é uma ciência em constante evolução, quer dizer, sempre se descobre algo novo nela, e por mais que eu pense que tais adaptações ou evoluções tirem certa beleza que a física teria, tanto a física como a matemática são apenas o nosso cérebro pensando sobre a natureza do universo, e se podemos uni-las de maneira tão incrível como nas equações de Maxwell, acho que estamos na pista certa e que tudo que falei aqui não é nada além de mim querendo ser o do contra.

É que é tudo tão incrível, as equações de encaixam de forma tão perfeita, que passa perto do inacreditável.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Sobre Universos Paralelos

A palavra paralelo por si só torna esse tema bastante controverso, quer dizer, duas retas paralelas nunca se encontram não é?! (Não vamos tratar de geometria não euclidiana aqui :P).

Universos sobrepostos seria uma descrição melhor de acordo com a maneira que eu penso, mas ainda não ideal, sobrepostos lembra rapidamente que tem um sobre o outro, o que também não me parece muito certo. Essa conversa de nomenclatura não é sobre o que eu pretendo tratar aqui. Então vou (quase) diretamente ao ponto.

Esse assunto me faz pensar quase que instantaneamente em dimensões extras. Entretanto se elas realmente estão ai, é proposto que elas estão enroladas num emaranhado tão pequeno e complicado de descrever que a ciência ainda vai ter muita dor de cabeça pra entender melhor, alguns propõe que estejamos presos em uma brana, de maneira bem superficial, uma brana é uma “bolha”, dentro da bolha algumas dimensões se manifestam, fora dela temos outras branas e o universo completo, onde as dimensões podem ser enroladas e minúsculas ou extensas como as que estamos acostumados.

Imagine por exemplo que dois universos possam ocupar o mesmo local, existe toda uma maneira formal de falar sobre isso, como referencial, coordenadas, não vou complicar, a questão é que deve-se imaginar dois universos que estejam no mesmo local. Por que eles não interagem? Por que a massa que deforma o espaço de um não deforma o espaço no outro universo? Acho que a complicação para dois (ou mais) universos que ocupam o mesmo local é tão grande, que prefiro não pensar. Mas ainda temos a possibilidade de universos vizinhos.

Muita gente já deve ter ouvido que em universos diferentes haveriam leis físicas diferentes. Já pensou se fosse assim mesmo? O que aconteceria nas fronteiras dos universos? Caos é uma palavra que eu gosto muito, mas acho que seria de longe algo que descreva a confusão que seria por lá. Aceito que algumas constantes possam ser diferentes, mas acho difícil que as equações que descrevem aquele universo sejam diferentes das que descrevem esse.

Vamos ver um exemplo bem legal de universos paralelos, diretamente da TV, temos o caso dos universos paralelos, apresentado na serie Fringe. Na serie existem dois universos, a ideia é que o segundo universo surgiu para dar caminho caso as pessoas tivessem escolhido um caminho ou uma alternativa diferente do primeiro universo, veja bem, se fosse assim a cada escolha que cada pessoa no mundo tomasse iria surgir um novo universo. Segundo, na serie é possível se comunicar entre os universos, quer dizer, da uma ideia de que a matéria está ocupando o mesmo espaço.

Eu aceito varias possibilidades, não gosto de pegar uma e falar que só ela é verdade. Eu aceito que após os limites do nosso universos possa haver outros universos, mas também aceito que depois do limites do nosso universos não exista nada, ou talvez se existir está na temperatura do zero absoluto. É meio complicado, mas dá pra aceitar universos ocupando o mesmo espaço, com a condição que em dimensões diferentes, é claro que o fato de estarem em dimensões diferente implica em não estarem no mesmo espaço, acho que a questão é uma única coordenada diferente para esse outro espaço.