sábado, 5 de fevereiro de 2011

Sobre a chuva vermelha.

Nunca dei muita atenção pra esses blogs pela internet que falam sobre coisas extraordinárias, OVNIs ou teorias da conspiração por exemplo. Mas ontem acabei dando certa atenção a uma tal de chuva vermelha, ou chuva de sangue pra alguns, no começo eu queria ver até onde ia a imaginação de quem escrevia sobre ela, mas dai encontrei artigos sérios, publicados em revistas cientificas.

O problema na internet é que as pessoas deixam a imaginação rolar, e esquecem que estão apenas imaginando, querem que aquilo seja verdade. Realmente existiu o caso da chuva vermelha na Índia, mas nem de longe choveu sangue, em um dos artigos o escritor sugere que as partículas vermelhas encontradas na chuva vieram de um meteoro que se desintegrou na atmosfera terrestre, ele diz ainda que antes das chuvas vermelhas começarem pessoas relataram ouvir um estrondo que coincide com o de um meteoro (25 de julho de 2001, no distrito de Kottayam, Índia) se desintegrando na atmosfera, e então nas horas seguintes choveu vermelho. É apenas uma suposição do escritor do artigo, não há provas consistentes que esse seja realmente o caso, mas outras explicações ainda não foram dadas.

Algumas coisas sobre o caso ainda são um grande mistério. O maior de todos é que apesar da aparência biológica das partículas elas não possuem DNA, algo que vai contra todos os outros seres vivos da Terra, mas vejam bem, outro dia a NASA anunciou aquela bactéria que contem arsênico na sua composição, quer dizer, a vida como a conhecemos pelo visto não precisa seguir as mesmas regras que sempre consideramos sagradas.

Ainda sobre a questão da ausência de DNA em outro artigo, que foi estudada a reprodução da célula, os pesquisadores constataram alguns pontos que parecem ser o núcleo da célula, e é no núcleo que fica o DNA. O fato é que esses pontos só apareceram á temperaturas de 121°C e nos momentos iniciais da reprodução da célula, nos estágios mais avançados ele não era mais presente.

Foi observado também que durante chuvas vermelhas, em alguns locais chovia a tal célula vermelha, enquanto que durante a mesma chuva apenas alguns metros distante de onde chovia vermelho só havia chuva normal.

As células são muito estáveis, depois de quatro anos armazenadas em um ambiente sem controle de temperatura não foi constatada nenhum decaimento ou descoloramento das células.
Analises constataram que as células eram compostas de 43.03% carbono, 4.43% hidrogênio e 1.84% nitrogênio. Isso era tudo que tinha no artigo, nada sobre os 50% que faltam.

Muito mistério e tudo mais, mas acredito que exista sempre uma explicação que não precise apelar para o extraordinário, existem na Terra bactérias que ser reproduzem a temperatura de mais de 100°C, outras que vivem a quilômetros de profundidade no solo rochoso da Terra, há ainda as que foram encontradas em poças de enxofre, além das que já citei anteriormente que possuem arsênico em sua composição, além de muitas outras que poucos anos atrás contrariariam toda a ciência.

Eu tenho uma proposta diferente, apesar de em um dos artigos o autor descartar que as células tenham alguma ligação com algas, o local onde ocorreram as chuvas é uma costa (figura 4), algum tipo de planta ainda desconhecido pode ter vindo à tona após uma tempestade e ainda pela mesma tempestade ter sido levada para o continente. Se existem tempestades que carregam sapos, não seria nada demais levar algumas dessas células para o continente.

Eu acho bem extraordinária a ideia de criação de vida no espaço, ou então de que tal vida tenha de alguma maneira (colisão com meteoros, por exemplo) tenha saído de algum planeta para vagar por milhares de anos no espaço. Seria muito mais simples a vida ter se criado aqui na Terra mesmo, assim como ela também pode surgir em outros planetas. Imaginem as dificuldades envolvidas na criação da vida em outro lugar do universo para depois chegar aqui. Mas é sempre uma ideia a se pensar, afinal talvez vidas extraterrestres podem ter se visto incapazes de colonizar outros planetas, mas talvez desviando a rota de um meteoro em sua galáxia, e nele depositando o necessário para uma “colonização” de outros planetas...


Aqui você encontrará o artigo sobre as chuvas vermelhas, onde o escritor propõe ter sido causada por um meteoro.

E aqui o artigo sobre a reprodução das células vermelhas.

Algumas imagens retiradas dos artigos:




Figura 1: Célula exposta a uma temperatura de 121ºC após uma hora, já se pode notar as células "filhas" indicado por D, e observem tambem o ponto que parece ser o núcleo, indicado por N.


Figura 2: Célula ampliada, onde não se vê o núcleo.


Figura 3: Células encontradas na chuva vermelha, e amostra.



Figura 4: Local onde ocorreram as chuvas vermelhas, dentro da elipse.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Sobre a beleza das teorias.

Semana passada eu vi como das equações de Maxwell pode se chegar numa equação de onda, sinceramente é incrível como a matemática se encaixa de uma forma tão perfeita para descrever um ato da natureza, isso chega a ser um pouco perturbador, afinal não vejo razões para acreditar que a natureza seja “ordenada”. Pensando bem, acho que dentro de inúmeras possibilidades de existirem universos caóticos sem ordem alguma, existem sim algumas possibilidades de surgir um universo com ordem. Criação de universos é outro assunto, vamos apenas presumir que vivemos em um universo no qual a natureza atua por meios que nós podemos interpretar utilizando a matemática.

Sempre li em livros mais atuais grandes físicos falando sobre a beleza das equações e como tão bela deveria ser a equação que venha a unificar todos os fenômenos da natureza. Até ontem eu apenas acreditava no que eles diziam, então eu vi o que acontece com as ditas equações de Maxwell para deixa-las na forma covariante, se para mim o que aconteceu antes para chegar a equação de onda foi incrível, dessa vez eu fiquei em êxtase.

Espero ansiosamente o dia em que irei mais a fundo na física, conhecer todas as ideias de simetria utilizadas, as equações utilizadas nos grandes aceleradores, e principalmente as teorias que são candidatas a tomar a posição de “teoria do tudo”.

Mas nem tudo são flores, outro dia eu esteva discutindo sobre a astrologia, e cheguei a conclusão de que encontramos aquilo que queremos, nem que seja um pequeno vestígio, a menor ligação que exista já satisfaz muita gente que pensa “estavam certos mesmo” só pra saciar o ego. Eu acho que não consigo chegar numa conclusão, é difícil pra eu falar, disso eu tenho certeza, sempre defendo o que eu prefiro acreditar, mas no fundo as ideias opostas as que eu defendo sempre estão lá falando “poderia ser assim”.

O que me incomoda na ciência é que eu sempre penso que nós adaptamos a nossa ferramenta para descrever a natureza. Por exemplo, Einstein se viu em apuros tentando explicar suas teorias com a geometria plana, ele teve que partir para a curva. Isso tudo pode ser apenas a descoberta de meios para interpretar a natureza, uma evolução dos nossos métodos. Mas acaba meio que tirando a naturalidade da ciência, uma analogia a essa minha ideia seria o Firefox cheio de plug-ins.

A ciência seria muito mais bela se não fosse por essas adaptações, a matemática por si sempre existiu, o problema pra mim é quando ela toma um caminho mais abstrato, veja no caso quando se trata do infinito, realmente existem infinitos números, mas será que no universo exista algo com uma grandeza infinita? Essa não é uma resposta fácil, mas não é dessa resposta que tratei aqui, mas sim que podemos manejar a matemática da forma que bem entendemos para que possamos fazer as “ligações” necessárias.

A questão é que a física sem a matemática não seria uma ciência, e a matemática é uma ciência em constante evolução, quer dizer, sempre se descobre algo novo nela, e por mais que eu pense que tais adaptações ou evoluções tirem certa beleza que a física teria, tanto a física como a matemática são apenas o nosso cérebro pensando sobre a natureza do universo, e se podemos uni-las de maneira tão incrível como nas equações de Maxwell, acho que estamos na pista certa e que tudo que falei aqui não é nada além de mim querendo ser o do contra.

É que é tudo tão incrível, as equações de encaixam de forma tão perfeita, que passa perto do inacreditável.