quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Considerações sobre o projeto UFAL Debate Grandes Temas

Hoje dia 19 de novembro de 2014 com o tema “A informação bioquímica e suas implicações sobre a origem da vida” tivemos na UFAL um debate com o professor, Marcos Nogueira Eberlin, e sobre esse debate valem algumas considerações.

Primeiro, apesar de ter o nome de debate a seção de perguntas se deu de uma forma bastante desconfortável, uma vez que ao questionar o palestrante e este que em sua resposta distorcer o que lhe foi questionado não abriu espaço para correção com um sonoro “Você já falou, agora é minha vez”.

Segundo, sobre as questões feitas por mim, algumas valem nota. Em sua apresentação Eberlin mostrou como indício para a incoerência da teoria da evolução o fato de humanos terem 23 cromossomos e chimpanzés 24, quando confrontado com o fato de que humanos e chimpanzés são ramos diferentes, e portanto evoluíram de forma diferente, além disso sabemos portadores de síndrome de down tem uma diferenciação cromossomática, o professor ignorou o fato e simplesmente passou a falar das diferenças entre os cromossomos dos humanos e chimpanzés. Falou também bastante sobre informação, e em uma fala bastante tendenciosa citou o exemplo de um pendrive, que ao ser carregado com dados tem o mesmo peso que ao ser comprado (vazio) querendo assim mostrar que informação não pode ser matéria, mas ora, o que seriam os dados em um pendrive senão alteração da matéria ali contida, nesse caso os chips, ou os discos magnéticos no caso de um HD, por exemplo, não obtive resposta quanto a essa questão, para um público menos instruído nas questões tecnológicas esse argumento é irrebatível, podemos categorizar isso como desonestidade intelectual? Espero que tenha sido apenas um descuido. Fui ironizado ao citar o exemplo da emissão radioativa como fonte de informações provenientes de uma entidade não viva. Tudo isso me parece uma fuga ao real questionamento que fora feito.

Como ultima consideração, e o motivo que me fez escrever a nota. Ao fim da primeira pergunta ficou clara minha intenção de esclarecer os pontos distorcidos ou mal interpretados, então o senhor que estava administrando o microfone me ofereceu a oportunidade, menos de um minuto depois ele me aparece com a sugestão “Por que você não questiona a micro evolução?”, percebi então a intenção dele de levantar ao assunto, e para minha surpresa, o senhor que fez a pergunta seguinte, conhecido tanto do palestrante como do senhor que me ofereceu o microfone questiona justamente isso.

Para finalizar gostaria de expressar meu anseio de que os debates realizados dentro do projeto Ufal Debate Grandes Temas tivessem realmente o aspecto de debate, e não de uma exposição de pontos de vista tendenciosos e sem brechas para uma discussão sincera.

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Sobre a ignorância e preconceito ateu

Ignorância e preconceito se manifestam de várias formas na nossa sociedade, aqueles provenientes da religião são bastante comuns, se não os mais. Desta forma me impressiono quando vejo um ateu sendo preconceituoso ou ignorante para com um crente, e é sobre isso que pretendo discorrer.

Um dos grandes motivos para o abandono da religião é a repudia que se tem ao ver religiosos concordar e disseminar ideias vistas na bíblia como a abominação do homossexualismo, por exemplo, os males que a religião traz muitas vezes são oriundos dessas ideias e esse acaba por ser um argumento fortíssimo no posicionamento ateu. Constantemente vejo um ateu falando coisas do tipo "crente é burro", "crentelho", "ovelhas manipuladas", e muito mais compondo uma enorme lista. Não consigo entender, se o individuo vê esse problema tão presente religião por que não percebe que está fazendo o mesmo?!

Inquiridos sobre suas posições preconceituosas recebo vários tipos de respostas, encabeçando a lista tenho a desculpa da "zoeira" e "eles nunca respeitam ninguém, porque devo respeitar?". Quanto a "zoeira" acho que é um problema mais simples que se esvai com a experiencia, o amadurecimento mental, apesar de ver muitos senhores(as) entrando nessa onda, sinceramente não entendo esses. Já a segunda é um pouco mais complexa, um pouco mesmo, me parece vir de um pensamento de "não apanhar quieto". Veja bem, existem varias formas de resposta, e a ofensiva é de longe a menos eficiente, o diálogo deveria vir sempre em primeiro lugar.

O problema atual é a disseminação de uma ideia errada do ateísmo, do que adianta passar o dia na internet zoando pra de noite entrar no grupo reclamando que sofre preconceito? Não é Bem assim que funciona.


Boa parte dos ateus que vejo tentando debater, ou só fazer piada mesmo, conheceram o ateísmo pelo "humor ateu" que se encontra na internet nesses dias, o lar da tal zoeira, não é de se estranhar que achem normal fazer piada da religião quando até a maior associação no Brasil tem como meta o Humor: